O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba participa, nesta quinta-feira (31), da Operação Lobo Mau, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por meio do Gaeco de São José do Rio Preto. A ação visa desarticular uma rede criminosa responsável pela produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, também conhecido como CSAM (Child Sexual Abuse Material).
A operação cumpre 94 mandados de busca e um de prisão em 20 estados e no Distrito Federal, mobilizando as Polícias Civis e os Ministérios Públicos dos estados do Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe. As Polícias Militares de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso também apoiam a operação.
Durante a operação, dispositivos eletrônicos e equipamentos utilizados na produção e armazenamento de material ilícito estão sendo apreendidos para análise forense. As autoridades esperam que o material contribua para a identificação de outros envolvidos e destaque a necessidade de uma atuação coordenada e contínua contra esse tipo de crime.
Colaboração Internacional
A Operação Lobo Mau é uma força-tarefa realizada com apoio da Agência de Investigação Interna dos Estados Unidos (Homeland Security Investigations – HSI) e da Embaixada dos EUA. O objetivo é intensificar o combate à exploração sexual infantil na internet.
As investigações revelaram que os criminosos, disfarçando-se como adultos, entram em contato com crianças e adolescentes em diversas plataformas digitais, como Telegram, Instagram, Signal, WhatsApp e jogos como Roblox, para induzi-las a produzir e compartilhar conteúdo de nudez e sexo. O material, posteriormente, é distribuído em grupos fechados de troca de mensagens.
O nome Operação Lobo Mau faz referência ao modo como os predadores sexuais se aproximam das vítimas, dissimulando suas intenções para ganhar a confiança delas. No ambiente virtual, onde as pessoas não se veem, esses abusos são facilitados e ampliados.
Até o momento, a operação resultou em 23 prisões em flagrante nos estados do Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Em São Paulo, as detenções ocorreram em São José do Rio Preto, Caraguatatuba, Jacareí, São Sebastião da Grama, Campinas, Itanhaém e Sorocaba.
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