ESCÂNDALO: Prefeito Zé Aldemir denuncia esquema de corrupção nas linhas dos transportes escolares do estado no município de Cajazeiras, coordenado por uma cooperativa.

Em participação no Programa Parabólica Política, na Rádio Difusora de Cajazeiras, na última quarta-feira (20), o prefeito de Cajazeiras, Zé Aldemir, trouxe à tona uma denúncia gravíssima. Segundo o gestor cajazeirense, existe um esquema de corrupção nas linhas dos transportes escolares do estado no município de Cajazeiras, coordenado por uma cooperativa. Zé Aldemir afirmou que a cooperativa é dirigida pelo esposo de uma vereadora do município de Cajazeiras.
“Sei que gerenciar e administrar a operação do transporte escolar estadual é uma grande responsabilidade. Mas, após um apelo do secretário, discuti o assunto com a secretária de educação e solicitei um levantamento. A empresa que atua em Cajazeiras e que vem administrando o transporte escolar estadual ofereceu 2 milhões e 800 mil reais para firmar o contrato com o Estado, para operacionalizar o transporte escolar. Quando abordado pelo secretário, instruí a secretária de educação a realizar um estudo com nossa equipe para verificar quanto o município poderia conveniar com o Estado para resolver o problema e atender ao secretário.
Propusemos 1 milhão e meio. Com esse valor, o município administraria a operacionalização do transporte escolar.
A empresa, que tem prestação de contas, e é gerida pelo marido da vereadora Luzia, do Patamuté, chegou a incluir rotas fantasmas no transporte escolar, que não existem, apenas para obter recursos indevidamente.
Note que eles reduziram a proposta para 2 milhões e 400 mil reais. O decreto do Governador, em seu artigo décimo quarto, deixa claro que, caso o município não formalize a adesão ao programa até o dia 15 de março de cada ano, ou em caso de rescisão da adesão, o secretário estadual de educação solicitará a adesão do conselho escolar. Ou seja, até o dia 15 de março, o município deveria se manifestar sobre a adesão à proposta feita pelo secretário para gerir a operacionalização do transporte escolar.
Estou aqui com nosso ofício, enviado ao secretário, datado de 5 de março, portanto, 10 dias antes do prazo estabelecido pelo decreto do governador.
O que acontece é que nosso pedido foi indeferido, apesar de termos sido convidados pelo secretário, e todos os documentos exigidos pela secretaria de educação foram enviados, inclusive por e-mail institucional, de forma absolutamente clara. A secretaria de educação indeferiu, primeiro desrespeitando o decreto do governador; segundo, se o estado vai pagar 2 milhões e 400 mil reais a essa empresa privada, preferindo não aceitar a solicitação feita pelo município, que era de 1 milhão e 500, o estado estaria economizando 900 mil reais por mês. Quase 1 milhão.
Administrando com esse valor de 1 milhão e 500 mil e economizando 900 mil para o estado, ao final do ano, o estado teria economizado 10 milhões e 800 mil reais. Imagino que esses 10 milhões e 800 mil reais economizados pelo estado poderiam ser investidos até na própria melhoria da educação dentro da rede estadual e até municipal.
Tentei falar com o governador e não consegui. Não acredito que o governador tenha conhecimento disso. Prefiro acreditar que nosso governador não esteja ciente, pois não permitiria a violação de seu próprio decreto. Alguém está por trás dessa malandragem. Não tenha dúvida nenhuma. Sem sombra de dúvidas, se aproveitando disso, quem comanda essa empresa privada, associação ou cooperativa”, disse Zé Aldemir em sua declaração.
Blog do Silvano Dias