O cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS, conhecido como o “cometa do século”, já começou a ser visto em diferentes partes do Brasil. Até o fim de setembro, o cometa estava ofuscado pelo brilho do Sol, devido à sua baixa elongação (proximidade aparente ao Sol). Desde esta segunda-feira (1º), ele começou a ser visto ao amanhecer.
Segundo o Observatório Nacional (ON), o cometa será visível a olho nu. Para uma boa observação, é essencial escolher um local longe da poluição luminosa e direcionar o olhar para o horizonte leste, onde o Sol nasce, por volta das 4h30 da manhã. O uso de binóculos, câmeras ou telescópios podem facilitar a visualização do cometa.
Entre os dias 7 e 11 de outubro, o cometa voltará a se aproximar muito do Sol, o que irá dificultar a observação. Já no dia 13 de outubro, acontecerá a máxima proximação do cometa à Terra. Ao todo, a distância será de 0,472764 Unidades Astronômicas, o que equivale a 70.724.459 quilômetros, deixando-o mais visível para os brasileiros.
Na segunda metade de outubro, o cometa poderá ser visto logo após o pôr do sol, no horizonte oeste, enquanto transita pelas constelação de Serpente e Ofiúco. A maior dificuldade será encontrar um local com o horizonte oeste desobstruído, uma vez que o cometa estará baixo no céu, a uma altura de até 30 graus.
O que são os cometas?
Os cometas são remanescentes da formação do sistema solar, compostos por poeira, rocha e diferentes tipos de gelo. Eles variam em tamanho, de alguns até dezenas de quilômetros de diâmetro. À medida que se aproximam do Sol, os cometas aquecem e liberam gases e poeira, formando suas “caudas brilhantes”.
No caso do C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS, o apelido “cometa do século” foi dado porque seu brilho é comparável ao do cometa Hale-Bopp, que atingiu magnitude semelhante em 1997. Ele foi um dos mais brilhantes registrados no século XX.
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