Enquanto o sistema judiciário e o Ministério Público do Brasil se debruçam sobre questões secundárias, a vasta maioria dos políticos brasileiros celebra essa passividade e aproveita ao máximo os recursos públicos.
É surpreendente e sem uma justificativa clara que a administração de um município com aproximadamente 19.000 habitantes despenda quase o dobro em diárias para seus secretários e outros funcionários em comparação a uma gestão de uma cidade que conta com cerca de 64.000 residentes.
Em dez meses a gestão do prefeito Bal Lins gastou exatamente R$ 459.000,00 (quatrocentos e cinquenta e nove mil reais) com pagamento com diárias, enquanto a cidade de Cajazeiras gastou apenas R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).
De forma honesta, muitos cidadãos não compreendem qual é a real função do Ministério Público na sociedade brasileira, pois, não é necessário ser um especialista ou ter acesso a tecnologias avançadas para perceber que há algo inadequado acontecendo.
Observemos, caros leitores.
Uma família possui 6 filhos, e com a inclusão do pai e da mãe, totalizam 8 pessoas. Surge a dúvida de como uma família com 18 integrantes pode ter um consumo inferior ao dessa primeira. Assim, já se nota que há algo estranho nessa situação.
A partir dessa história, surge uma indagação: por que o Ministério Público não investiga os altos gastos com diárias em São José de Piranhas? Questionar é fundamental em uma democracia. Nobres Promotores de Justiça, não vejam isso como uma ofensa. Apenas reflitam sobre a questão e se engajem mais na causa. Assim, poderão entender melhor o turbilhão de incertezas que permeia nossa sociedade, carente de conhecimento.
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